Roteiro para uma Anamnese Psicopedagógica

ROTEIRO PARA UMA ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA

DADOS PESSOAIS
Nome :
Idade:
Anos :
Tem apelido? ( ) Sim ( ) Não
Qual? Ele(a) gosta? ( ) Sim ( ) Não
Por que tem esse apelido?
Nascimento
Sexo ( ) M ( ) F
Naturalidade:
Endereço
Bairro:
Cidade:
CEP:
Escola:
Série que cursa:
Endereço:
Fone:
Contato:
Professora:
Horário:
Pai :
Idade :
Estudou até que série:
Teve Dificuldade? ( ) Sim ( ) Não
Se formou? ( ) Sim ( ) Não
Profissão :
Mãe :
Idade :
Estudou até que série:
Teve Dificuldade? ( ) Sim ( ) Não
Se formou? ( ) Sim ( ) Não
Profissão:
Irmãos: ( nome e idade )
QUEIXA
Na escola :
Indicado por :
Em que acha que o profissional poderá ajudá-lo(a)?

HISTÓRIA DE VIDA
1- Gestação:
A . Filho(a) desejado(a) ( ) sim ( )não Você queria engravidar? ( ) sim ( )não
Foi acidental? ( ) sim ( )não
B. Perturbou a vida do casal ou de um dos pais ? ( ) sim ( )não
C.Como foi a gestação? (cuidados pré-natais, doenças, sintomas, alimentação)
D. Teve algum problema durante a gravidez?
E. Que cuidados tomou neste período?
F. O que sentiu durante a gravidez?

2- Concepção:
A. Como ocorreu a gravidez?
B. Nascimento:
C. Conte como aconteceu o nascimento (fale sobre os locais, pessoas, sentimentos e o bebe)
3- Desenvolvimento
3 a) Psicomotor
Como adquiriu a fala
firmar a cabeça, apanhar objetos, sentar, engatinhar, ficar em pé, andar, correr,
falar, controle de esfíncter, Brincar, segurar o lápis.
3b – Cognitivo
Quando e como adquiriu a fala?
Quais a primeiras palavras?
Fala de uma forma que todos entendem ? ( ) sim ( )não
Consegue dar um recado ? ( ) sim ( )não
Faz uma compra sozinho(a)? ( ) sim ( )não
Como conta uma história / um caso / uma novela ?
Quando e de que forma percebeu a sua inteligência:
3c – Afetivo
Com quem e de que forma relacionou afetivamente com as pessoas
Ele expõe os sentimentos?
Como reage as frustrações?
Como se deu a convivência com parentes, vizinhos e amigos?
Como aprendeu a respeitar regras e limites?
3d – Alimentação
(defasagens, acidentes de percurso, assimilação/acomodação, carga afetiva)
Mamou no peito? ( ) sim ( )não
Como foi a passagem do peito para a mamadeira
E para a papinha?
Hoje tem hora para comer ( )sim ( )não
Come depressa ( )sim ( )não
Mastiga bem ( )sim ( )não
Comem juntos ( )sim ( )não
Come vendo TV ( )sim ( )não
3e – Sono
Agitado? ( )sim ( )não
É sonâmbulo? ( )sim ( )não
Tem pesadelos? ( )sim ( )não
Dorme só ou acompanhado?
Com quantas pessoas?
Quando acorda vai para a cama dos pais? ( )sim ( )não
Tem medo É de dormir sozinho? ( )sim ( )não
Enurese noturna? ( )sim ( )não
3f - Manias
Quais os costumes tem?
Que atitudes as pessoas da família tem diante das manias?

4 - Hábitos de vida diária:

4a – Higiene
Que hábitos tem e desde quando?
4b – Alimentação:
O que não gosta?
Como se alimenta?
Se alimenta sozinho, pega sozinho, arruma café pra ele.
4c – Organização dos seus pertences:
Cuida das coisas dos outros?
4d – Não gosta de fazer:
4e – Ele vai ao supermercado
Já faz compra as coisas e trás o troco certo
4f – Dá recados ?

5 – Escolaridade
5a – série
5b – Quais escolas estudou?

6 – Sexualidade

7 – Doenças

8 – Sociabilidade
Ele tem coleginhas?
Divide os brinquedos, empresta, compartilha?

9 – Arvore genealógica
Moradores da casa(idade e escolaridade)

10 – Antecedentes familiares
Avós – convivência
Escolaridade (avós paternos e maternos)

11 – Ambiente familiar

12 – A visão do cliente sobre a sua historia de vida:

POR QUE O ALUNO NÃO APRENDE?

Esta é uma questão que eu me pergunto todos os dias quando entro na sala de aula. Ou quando um professor me encaminha o aluno com a queixa dizendo: - ele não sabe escrever, apresenta dificuldade na leitura, na matemática ou dificuldade espacial.

Olho para a criança ou adolescente e pergunto o que você sabe fazer? E no mesmo momento obtenho uma resposta imediata: eu? Eu sei jogar bola, sei cantar hap, funk e dançar e enumera uma lista das habilidades que ele tem.

E se perguntar a ele - porque ele não sabe ler, escrever... ele não sabe responder. Eu pergunto para o professor? Você sabe dar uma aula que prenda a atenção deste aluno, você consegue cativá-lo(a)? Despertar nele a vontade de aprender com sorriso expresso nos lábios, acolhê-lo e dar atenção como se ele fosse o primeiro da sala, confiar que ele é capaz ?

Já ouvi muitas respostas de professores. Por exemplo:

a) Olha, eu tenho mais de vinte alunos na sala e não posso deixar eles para ficar por conta deste aluno;

b) já tentei mas ele não interessa pela aula;

c) Já fiz tudo que podia, mas ele vem para brincar;

d) já não sei mais o que fazer;

e) Ele precisa ser acompanhado por um psicologo(a);

f) Ele é Hiperativo.

São as respostas mais comum dentre outras que já ouvi. Mas raras vezes obtive a resposta mais profissonal e criativa de uma professora. Foi uma única que uma professora/educadora me repondeu com veemência. Vou fazer um plano de aula que atenda a sala e outro que atenderá o ... fiquei feliz quando ouvi a resposta desta professora educadora. Foi então que vi o começo de um sonho e uma luz para aquele aluno.

Foi a partir daí que tive a certeza que existe profissionais que ainda preocupa com o ensino-aprendizagem e que busca novos métodos e novas experiências.

Vi o caminho e alguem disposto a trilhar por ele, professor(a) e aluno lado a lado.

Mesmo que aquele professor não chegou ao final do caminho, mas com certeza ele abriu o caminho para aquele que estava parado no inicio.

Ressalto que não é somente o método de ensino que resolverá estas dificuldades, mas aquele aluno que recebeu a mão da professora estendida e quis caminhar com ele alunoXprofessor deu o maior passo da sua vida em relação aos estudos.

O que precisamos é motivar, confiar, dar esperança a quem já perdeu.

Hoje quando pensei em escrever, pensei no de um cliente -o caso By.

By

Um pequeno copista.

Quando fui até a escola para conversar com a coordenadora e com a professora, foi me dado um relatório descritivo e até diagnóstico preciso do By pela professora da escola, sem o mesmo ter passado por uma consulta com um profissional para diagnósticar a hiperativadade do By.

A Professora me disse:

- Ele não aprende, copia algumas palavras, não respeita os colegas e nem a mãe. Brinca e briga o tempo todo. Não consegue aprender nada é agressivo.

Então começei o acompanhamento o mesmo, mas de inicio houve muita resistência do mesmo.

Eu quis saber porque aquele aluno escrevia, mas escrevia pouco! E não sabia ler nem uma palavra, nem o alfabelto completo ele conhecia direito.

Então resolvi a começar uma intervenção pedagógica onde priorizei a leitura. Foi onde começei pela leitura de livros de literatuta infantil as mais conhecidas e as mais simples. Eu entregava o livro a ele e pedia para ele ler e imitar os personagens da história.

No inicio foi dificil, depois eu passei a dar o livro para ele levar para casa e fazer o reconto na próxima sessão. Pedia a mãe para acompanhar ele na leitura, pois ele teria que apresentar na proxima sessão para mim.

quando foi num belo dia ele fez uma leitura que me deixou surpreso, em alta voz e pontuação correta. Então chamei todos os presente para ouvir ele ler. Quando ele leu novamente foi afagado, beijado e abraçado por todos.

Que alegria!

Aquele menino viu a beleza do reconhecimento do seu esforço.

A partir daí não parou mais de ler.

E sua alegria é ler para mim em todas as sessões

Gostaria de deixar claro que esse cliente não tinha dificuldade na leitura. O que nós educadores temos é que aprender que todas as crianças tem a sua hora. Esta hora é como se fosse uma caixa de surpresa. Não sabemos o que tem dentro dela e nem quando ela será aberta.

Atenção!

Não podemos ter pressa em saber o que tem dentro desta caixa. Temos que cuidar bem dela e esperar a hora certa para abri-la.

Luciano Martins Dias