sábado, maio 01, 2010

QUEIXA INICIAL

Nome da Escola:____________________________________________
Nome da Professora:______________________Turma:____________
Assunto: Encaminhamento de aluno para o atendimento Psicopedagógico

Encaminho o (a) aluno (a) _________________________________Idade_____
Ano escolar__________ Turno _____________ para o atendimento psicopedagógico, pois vem apresentando a (s) seguinte(s) dificuldade(s) de aprendizagem:

( ) Dificuldade de aprendizagem na leitura
( ) Dificuldade de aprendizagem na escrita
( ) Dificuldade de aprendizagem na matemática
( ) Dificuldade de organização espacial
( ) Dificuldade de comportamento e ou interação social
( ) Outros Especificar________________________________


Contagem, _____/_____/________

.................... ___________________________________
Nome Assinatura do responsável

[ ] Parte da Família [ ] Professor
[ ] Serviço de supervisão [ ] Orientação da escola

DIAGNÓSTICO: O PRIMEIRO CONTATO TELEFÔNICO

SUMÁRIO

Significado do primeiro contato telefônico
Resistência
Continuidade

A ansiedade do primeiro movimento
No momento em que a família faz o primeiro contato telefônico com o terapeuta, já está se dando um movimento interno nela, o que pode ser o início de uma mudança.
Muitas vezes a escola solicita uma avaliação psicopedagógica, a família não discorda abertamente, aceita a solicitação, mas não dá continuidade, alegando que o terapeuta não foi achado, é caro, é longe, apresentando diferentes formas de resistência.
A maneira como o profissional acolhe o primeiro contato com a família ou o próprio paciente é muito importante para a continuidade do processo. Pode ser um momento "impessoal", via secretária do consultório ou da instituição, para simples marcação de um horário, como pode ser um primeiro momento já com grande carga emocional persecutória ou de expectativa positiva.
Quando isso acontece, creio que já houve, por caminhos diferentes, uma intervenção nessas famílias. Sou a favor de se procurar construir uma boa relação com a família desde o primeiro contato telefônico, tentando, dentro do possível, personalizá-lo. É necessária uma conversa de aproximação, não, porém, uma "triagem", como acontece com funcionários de clínicas encarregados desse primeiro contato. Nesse momento, é fundamental saber-se sobre o paciente: seu nome, idade, escolaridade, escola que freqüenta, quem solicitou a avaliação e por que razão o fez (a queixa), quem indicou o profissional, se esteve ou se está em atendimento com outros profissionais e de que especialidades são, se vive com os dois pais ou só com um deles, se o paciente está concordando em fazer a avaliação. De algum modo, tal contato caracteriza o início de uma primeira entrevista.
Outra situação muito comum é a de um dos pais fazer o primeiro contato e afirmar que o outro genitor discorda da proposta de avaliação, sendo radicalmente contra. Considero indispensável reforçar o elemento que está disposto ao movimento e, num momento seguinte, tentar conquistar a adesão do outro e conhecer suas razões. Isso não é tão simples assim: por vezes, a mãe simplesmente se dispõe a qualquer coisa para não perder o lugar, grosso modo, de sofredora que cuida dos filhos sozinha...
Concluindo, é preciso que se considere sempre a grande carga de ansiedade posta pelos pais nesse primeiro contato, pois é um movimento que poderá vir a se definir pró ou contra a avaliação.

Maria Lucia L. WEIS. PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA - uma visão diagnostica dos problemas de aprendizagem escolar

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Gonzaguinha - Nunca pare de sonhar

O MUTISMO SELETIVO

O mutismo seletivo. É claramente diferente das dificuldades de aprendizagem. Ele está classificado dentro dos transtornos diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência.. O mutismo seletivo é de natureza emocional e consiste em uma recusa insuperável de falar com pessoas estranhas em situações sociais específicas, como no ambiente escolar, mas não em casa. A criança com este transtorno não costuma apresentar dificuldades de compreensão nem de expressão verbal. A comunicação pode realizar-se por gestos, por negação ou por afirmação, ou com o emprego de monossílabos ou de frases curtas. Podem, no entanto, surgir algumas dificuldades na linguagem expressiva e na articulação da linguagem.
Em outra obra, refletimos sobre este transtorno em relação ao autismo (apud. Garcia, 1992c, p. 125-126; 1999b, c, d). Identificado por Kussmaul em 1877, o nome foi dado por Tramer em 1934. Foram descritos vários sub-tipos. Igualmente, parece que existe certa associação deste problema em relação a dinâmicas familiares discutíveis com excessivo uso do abuso físico e sexual, embora essa questão seja problemática pelas implicações que pos¬sa ter ao atribuir a culpa aos pais, e naturalmente isto não é abordado no DSM-IV. Sugerem-se também fatores de aprendizagem social pela proporção de meninas que o apresentam.
Podem-se associar outros transtornos de linguagem, como o transtorno fonológico, transtorno da linguagem expressiva, transtorno misto da linguagem receptivo-expressiva ou ainda transtornos orgânicos da articulação. Em uma terminologia clássica, costuma se falar das disglosias para se referir às dificuldades de articulação por efeito de alguma má-formação ou defeito no aparelho fonador, tais como lábio leporino ou palato ogival. Em troca, costuma-se empregar a terminologia disartrias quando é de natureza neuromotora, como no caso da paralisia cerebral infantil (PCI). Do mesmo modo, podem-se associar grande timidez, isolamento social e retraimento, rejeição escolar, compulsões, personalidade instável ou condutas de oposição no lar. Alguns destes traços tornam necessário um diagnóstico diferencial com outros.Como o autismo.
O mutismo seletivo inicia-se antes dos cinco anos, ou ao entrar na escola, e dura um tempo mais ou menos longo, podendo chegar a anos. Quando perdura, pode alterar a atividade social e escolar, dando lugar ao fracasso escolar e podendo tornar a criança o bode expiatório para os colegas.
Parecem ser fatores de pré-disposição a superproteção materna, a presença transtornos de linguagem ou de retardo mental, além de situações de imigração, de hospitalização ou de traumas nos três primeiros anos de vida.
O transtorno é raro, parece se dar em menos de l % da população infantil lições clínicas ou escolares. Para o DSM-IV, ocorre mais em meninos que em meninas; em troca, alguns estudos dizem o contrário (Garcia,1999a, b, c, d).
É preciso efetuar o diagnóstico diferencial do retardo mental grave ou profundo, dos transtornos globais do desenvolvimento, como o autismo; e do transtorno da linguagem expressiva. Nesses casos, pode-se dar "ausência" de fala, mas o que seria em "todas as situações", e não como no mutismo seletivo, que seria nas situações "fora de casa" ou na presença de estranhos.
Os critérios conforme o DSM-IV-TR são cinco: a) Incapacidade persistente para falar em situações sociais específicas (nas quais existe a expectativa para, por exemplo, na escola), apesar de falar em outras situações, b) A perturbação interfere na realização educacional ou ocupacional ou na comunicação social. c) mínima de l mês (não limitada ao primeiro mês de escola), d) A idade para falar não se deve a um desconhecimento ou desconforto com o idioma exigido pela situação social, e) A situação não é mais bem explicada por um transtorno da comunicação (por exemplo, tartamudez), nem ocorre exclusivamente durante o curso de um transtorno global do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico.
O tratamento mais adequado é o condutual no ambiente natural (Echeburúa Espinet, 1990; Santacreu e Froján, 1993).

GARCÍA SÁNCHES , JESUS – NICACIO. Dificuldade de Aprendizagem e Intervenção Pscopedagógica (p.46-47)

Professor psicopedagogo e o seu lugar na educação

O professor com formação psicopedagógica possui um diferencial a mais além da sua especialização, o que o torna amplamente qualificado para exercer sua função. Esse profissional, por conhecer melhor as diversas faces do processo de aprendizagem, consegue oferecer recursos e criar intervenções que realmente atinjam com eficácia o seu objetivo profissional: a aprendizagem do aluno.
Além de ser um especialista em conteúdo e informações, o psicopedagogo também se preocupa com o sujeito do conhecimento, e não apenas com a apropriação e transmissão do ensino. Para isso ele oferece outros recursos, além das didáticas tradicionais, para tornar o aprendizado mais eficaz, como conhecer o aluno e suas características para percebê-lo além da sala de aula, principalmente nos casos de não aprendizagem. Assim o profissional deixa de ser, apenas, um transmissor do saber e passa a conduzir o aluno pela construção do seu próprio conhecimento. Dessa forma, ele promove uma real interação entre escola e aluno, unificando essa relação e procurando adaptá-la a cada realidade, com plena consciência dos limites e das potencialidades individuais.
Sendo assim, ele consegue ter uma visão diferenciada do aluno, um olhar especial para cada um, buscando atingir o aprendiz por completo, com plena consciência dos seus limites e das suas potencialidades. Enfim, o professor com formação em psicopedagogia oferece maiores possibilidades para um bom desenvolvimento e aprendizagem de seus alunos.




Luciano Martins Dias,
Alaide de Oliveira,
Andreia Batista Fernanda Vilela,
Maria José Bragança,
Márcia Peixoto,
Mirella Brito,
Carolina Staimo,
Karina Oliveira,
Renata Santos,
Míriam Cruz
Edinaley Gonçalves e
Débora Klefenz

Pós-graduados em Psicopedagogia Clínica
(Institucional turma XI da FAE-CBH-UEMG

terça-feira, janeiro 12, 2010

O que é um Diagnóstico Psicopedagogico

Todo diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma investigação - busca obter uma compreensão global da forma do sujeito aprender e dos desvios que estão ocorrendo neste processo.

•O sucesso de um diagnóstico não reside no grande número de instrumentos utilizados, mas na competência e sensibilidade do psicopedagogo em explorar a multiplicidade de aspectos variados em cada situação.
•Permite refletir e levantar hipóteses sobre a causalidade do problema de aprendizagem e/ou do fracasso escolar e traçar as direções do que fazer para mudar a problemática existente.
•A procura do diagnóstico representa um grande movimento para o sujeito e sua família.
•A boa relação estabelecida paciente-^ psicopedagogo possibilitará maior qualidade do diagnóstico.
•No início do diagnóstico realiza-se um contrato com os pais e se constrói um enquadramento. Em instituições o contrato assume características diferentes.

Maria Lucia L. WEIS. PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA - uma visão diagnostica dos problemas de aprendizagem escolar

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Ficha Individual do Aluno (Cliente) Avaliação do Comportamento

Introdução

A criança apresenta atualmente varios tipos de comportamentos.

* Hiperativo

A criança com problema de hiperatividade não consegue se concentrar, apresenta inquietação, até mesmo falta de respeito e não consegue ouvir entre outros...

* Impulsivo

A criança impulsiva tem dificuldade para aguardar pela sua vez de interagir ou de falar e interrompe os outros ...

Você quer saber qual desses dois tipos você, seu filho ou qualquer outra pessoa se encaixa? Responda as questões abaixo e mande por email para mim. lumdzumbi@hotmail.com

Modulo I

( ) Falha em dar atenção a detalhes ou comete erros grosseiros nas atividades escolares.
( ) Tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
( ) Parece não escutar quando lhe falam diretamente.
( ) Não consegue seguir à risca instruções nem terminar tarefas escolares ou atividades domésticas.
( ) Tem dificuldades em organizar tarefas e atividades.
( ) Evita, não gosta, ou fica relutante ao se engajar em atividades que necessitem de esforço mental continuo.
( ) Perde coisas necessárias para atividades ou trabalhos (brinquedos, lápis, livros, ferramentas, coisas pessoais)
( ) É facilmente distraído por estímulos externos.
( ) Se esquece das atividades diárias.

Modulo II

( ) É inquieto, fica com as mãos e pés se mexendo, constantemente, quando sentado.
( ) Deixa o seu acento na classe ou em outras situações quando se espera que permaneça sentado.
( ) Corre ao redor, ou trepa nas coisas, em situações que isso não é apropriado.
( ) Tem dificuldades em brincar ou se engajar em atividades de lazer de forma quieta.
( ) Esta “pronto para decolar” ou age como se estivesse “ligado a um motor”
( ) Fala excessivamente.

Modulo III

( ) Responde de forma intempestiva, antes que a pergunta esteja completamente formulada.
( ) Tem dificuldade para aguardar pela sua vez.
( ) Se intromete ou interrompe os outros (em conversas ou jogos)

Brincar de Viver

Brincar de Viver

A HORA DE JOGO PSICOPEDAGÓGICO

O uso do lúdico no diagnóstico psicopedagógico possibilita a compreensão do funcionamento dos processos cognitivos, afetivos, sociais, corporais e sua ligação com o pedagógico.

Objetivos:

• Buscar compreender alguns dos processos que podem ter levado ao não-aprender;
• Observar a possibilidade de a criança criar, refletir, imaginar, fazer notar e produzir um objeto;
• Observar os processos de assimilação e acomodação;
• Observar em que medida a cognição põe-se a serviço de organizar o mundo simbólico;
• Observar a capacidade da criança para argumentar;
• Analisar a modalidade de aprendizagem.

Sara Pain descreve três momentos analogizáveis entre o jogar e o aprender:

1. Inventário: a criança trata de classificar de alguma forma os materiais contidos na caixa, avalia de que maneira esses lhe sugerem possibilidade de ação.

2. Organização: o material começa a formar parte de uma organização simbólica, a criança postula e adequa significantes - significados.

3. Integração: tem a ver com a possibilidade de aprender, possibilidade de chegar a uma conclusão argumental. Relaciona-se com a capacidade de decisão, de domínio, demonstrar e guardar, de lembrar.
Consigna: Apresentamos a caixa fechada com sua tampa.
"Aqui está uma caixa com muitas coisas para você brincar com tudo o que quiser; enquanto isso, eu voou anotando o que está fazendo. Um pouco antes de terminar, eu vou te avisar." E assim acontece a hora do jogo.

Objetivo

Elevar a auto-estima do cliente enquanto aluno, para que aconteça o ensino-aprendizagem, ajudando-o a compreender que é ele mesmo o responsável pela sua própria construção do conhecimento.

JUSTIFICATIVA

Durante a Graduação foi apresentado a teoria psicopedagógica. Ao terminar o curso me interessei por essa formação, mas mesmo assim me ingressei no trabalho como educador em Contagem.
Hoje atuo como pedagogo e professor em Instituição Escolar do Ensino Fundamental da Rede Estadual de Minas Gerais, e deparo o tempo todo com crianças que apresenta dificuldade de aprendizagem, famílias preocupada em com o problema de seus filhos e que não tem condições financeira para custear um acompanhamento para seus filhos.
Por este motivo, apresento uma proposta psicopedagógica com intuito de sanar o problema de famílias que necessitam de um acompanhamento psicopedagógico. Ressalto que o mesmo não tem fins lucrativos. Pois visa atender aluno enquanto estudante em escola publica principalmente os alunos da escola do Bairro Recreio do Município de Esmeraldas e Nova Contagem no Municipio Contagem.
Este projeto visa ser acompanhado por educadores formados para atuar juntamente com o especialista da área de psicopedagogia, onde irão acompanhar a criança nas atividades escolares e ao mesmo tempo manter o contato com os profissionais de educação da escolar e com a família caso seja necessário.